VISITAS GUIADAS
A Baixa Pombalina
POLÍTICA, O DÉSPOTA ESCLARECIDO E A RECONSTRUÇÃO DA CIDADE
10 e 21 de julho de 2021 - 10h
6 e 14 de agosto - 10h
Um sismo de grande magnitude destrói a parte baixa da cidade. Tamanha tragédia revela-se oportunidade de ouro para modernizar a urbe, capital europeia marcada ainda por uma malha urbana medieval, incompatível com os anseios de afirmação de um sistema político e económico moderno. Sebastião José de Carvalho e Melo - futuro Marquês de Pombal - exige o estudo de diferentes soluções. A reconstrução segue às ordens do déspota iluminado e do competência de Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e Carlos Mardel. O processo de reconstrução inaugura, assim, importantes novidades urbanísticas e arquitetónicas. A axialidade é assumida, bem como uma largura generosa das ruas, uma toponímia que abandona a velha ordem social e exalta os ofícios e a centralidade régia. Um edificado antissísmico, rápido de construir, económico, harmónico e salubre.
Que princípios nortearam a edificação dessa cidade nova? Porque revolucionou esta o panorama urbano português? Foi inovadora na Europa de setecentos? Correspondeu a um plano de elaboração minuciosa? Que balanço fazer da sua concretização prática? E que protagonismo assume na Lisboa de hoje?
Esta visita guiada propõe-lhe uma visão inédita sobre a Baixa pombalina.
O percurso...
A axialidade da composição obriga a iniciar a visita no topo norte do Rossio, fazendo do eixo principal da Rua Augusta o elo estruturador do percurso. Espreita-se a Praça da Figueira, com a estátua de D. João I desalinhada do centro desta para melhor se enquadrar no remate da rua dos Fanqueiros; desviamos para a Rua de São Nicolau e da Vitória. Visitamos a igreja de São Nicolau, subimos à Rua da Madalena e ao Largo do Caldas para vermos o engenho da colagem da nova e velha rede viária. Voltamos à Rua do Crucifixo, via São Nicolau, e subimos até ao Chiado para notar que a intervenção não é plana. Descemos para ganhar de novo o eixo principal e entrar na monumental - mas geometricamente imperfeita - Praça do Comércio.
Local de partida: fachada principal do Teatro Nacional D. Maria II, no Rossio
Dia: 10 de Julho de 2021
Horas: 10h - 13h
Preço: 20 € por pessoa
A visita inclui:
- percurso de 3h (10h - 13h)
- áudioguias
- pausa para café + pastelaria portuguesa
- disponibilização de material (iconografia)
Recomenda-se calçado e vestuário confortável.
Qualquer dúvida, não hesite em contactar-nos.

Outras visitas guiadas...

O Bairro Alto - 10 e 21 de julho
Bairro com um passado conturbado, áureo em meados do séc. XVI, com a chegada de famílias abastadas, a que se seguiu um longo período de declínio e degradação física e social, no pós-terramoto de 1755. Foi, assim, por muito tempo, bairro de reputação duvidosa alimentada por inúmeros prostíbulos legais, tabernas e casas de jogo, que se fundiam com a atividade das redações de jornais e tipografias. A chegada do regime de Salazar esforça-se por reprimir tais práticas. O bairro é, hoje, um espaço criativo e cultural por excelência, local de eleição da noite lisboeta.

Alfama - brevemente
Bairro mais antigo da capital, de traçado pré-muçulmano, Alfama acolheu na Idade Média (1140-1498) residências nobres que coabitavam com o casario modesto de pescadores e trabalhadores do porto. Destruído quase na sua totalidade pelo terramoto de 1755, o bairro reconstruiu-se sem alterar o traçado das suas ruas. Terroir do fado, desde meados do séc. XVIII, este preserva hoje, ainda, a tipicidade e o charme de um bairro popular.

O plano de Alvalade - brevemente
O agravamento das questões habitacionais leva o regime do Estado Novo, em 1938, a programar um denso aglomerado à ilharga do Campo Grande, cumprindo um plano delineado por Faria da Costa. Este reflete uma ideologia urbanística de cariz anglo-saxónico, e integra elementos da cidade-jardim e algumas concretizações já modernistas. O sucesso da sua implementação abriu caminho à produção de novos territórios urbanos, como Olivais, Chelas ou Telheiras.